DIA INTERNACIONAL DA IGUALDADE DA MULHER
- Comunicação OAB-MG Subseção Juiz de Fora

- 26 de ago.
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Essa data foi escolhida pelo Congresso dos Estados Unidos em homenagem à aprovação, em 18 de agosto de 1920, da 19ª emenda à Constituição Americana, que permitiu o voto às mulheres norte americanas e influenciou o movimento mundial pelo sufrágio feminino.
Esse marco histórico é importante para não nos esquecermos da luta das mulheres pelo reconhecimento de seus Direitos, bem como para lembrar dos inúmeros desafios diários que a mulher tem que encarar para superar o machismo estrutural que molda a sociedade patriarcal, construída sobre as bases de uma estrutura em que a mulher foi e, ainda, na maioria das vezes, continua sendo a responsável pelo trabalho de cuidado, conciliando jornadas duplas, além de enfrentar a violência de gênero, bem como estereótipos e exaustivas cobranças por perfeição feminina, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal.
Dentre os inúmeros desafios que se descortinam diariamente, a participação feminina na vida política é imprescindível na busca pela paridade de gênero nos espaços decisórios e de poder. Não se pode falar em democracia sem que as mulheres façam parte de todo o processo de escolha e tomada de decisões em todas as estruturas dos poderes constituídos e, enquanto cidadãs, possam livremente participar de forma equânime de decisões sociais e comunitárias afetas à vida, liberdade e ao Direito das Mulheres.
O Relatório Global de Desigualdade de Gênero de 2024, publicado pelo Fórum Econômico Mundial destaca que se as ações não forem mais efetivas, que a igualdade de gênero global levará 134 (cento e trinta e quatro) anos para ser alcançada. As maiores deficiências para a igualdade de gênero são encontradas na área econômica e política, com mulheres recebendo salários menores, com menor representação em cargos de liderança e menor participação em espaços de decisão política.
Outo desafio é fazer com que a sociedade enxergue a diversidade de mulheres, reconhecendo e respeitando seus Direitos, suas particularidades, territórios e desigualdades interseccionais que atravessam a busca pela equidade. Não se pode negar que as discriminações de raça, classe e etária também são dificultadores para a inclusão e democracia que se deseja.
No entanto, apesar disso, a existência das mulheres é símbolo de resistência e a sobrevivência diária é um ato político que as posiciona como protagonistas nessa luta desigual, na qual se sabe que por desafiar estruturas e poderes, há o temor de que a força e inteligência feminina sejam capazes de fazer a revolução de paz e desenvolvimento que o mundo necessita.
Assim, não há o que se temer, que possamos seguir unidas, com coragem e determinação pois a mudança e o futuro são femininos!
Carla Cristina de Lima Ferreira - Presidente da Comissão da Mulher Advogada





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